sábado, 16 de abril de 2011

ANOREXIA NERVOSA

De uma maneira geral:
·         A Anorexia Nervosa é muito mais freqüente em adolescentes do sexo feminino do que masculino. Pode aparecer na idade adulta.
·         Quanto mais tarde aparece, melhor é a evolução.
·         Anoréxicas não acham que estão doentes nem aceitam se tratar.
·         Bulímicas procuram tratamento, incentivam outras mulheres a se tratar, etc.
·         Anoréxicas preferem trocar idéias sobre dietas, laxantes, diuréticos, técnicas de provocar vômitos e como enganar a família e o médico.
Para os pais:
Na primeira consulta os pais querem "ouvir tudo sem dourar a pílula".
Depois, acham que o médico foi duro e radical.
Dali alguns meses verão que essa "dureza" tinha sentido. Por mais que os pais e os médicos achem que estão controlando a situação, as Anoréxicas são sempre mais espertas. Não acreditem em quem promete um jardim de rosas para o tratamento. Em Anorexia Nervosa não existem jardins de rosas.
O desgaste para a família, terapeutas, médicos e acompanhantes é grande. Raramente a paciente se trata por muito tempo com a mesma equipe que diagnosticou e iniciou o tratamento.
Causas.
Com  certeza existe mais de uma causa e ela certamente não é só emocional ou psicológica. Quem já viu uma Anoréxica de 40 KG sair de um hospital e continuar achando que não está doente vai me entender. Provavelmente existem componentes psicológicos, biológicos, ambientais e culturais. A impressão que temos é que por motivos sociais ou profissionais começa um emagrecimento e depois de um certo ponto algum mecanismo cerebral toma conta da menina e assume o comando.
Tratamento.
O tratamento é sempre multi profissional, talvez o mais multi profissional de toda a psiquiatria.
·         Antidepressivos e outros medicamentos, conforme a situação.
·         Psicoterapia.
·         Orientação Nutricional.
·         Orientação familiar, pois é uma luta de anos
Quando o médico disse que é grave, ele não exagerou. A Anorexia tem índice de mortalidade entre 10 e 30% assim como muitas complicações clínicas:
·         Metabólicas: hipotermia, desidratação, perda de potássio, magnésio, cálcio, fósforo, aumento de colesterol, hipoglicemia.
·         Cardiovasculares: hipotensão, bradicardia, arritmias cardíacas, etc.
·         Imunológicas: baixa de resistência a infecções.
·         Gastroenterológicas: cáries, erosão de esmalte dentário, hipertrofia de glândulas salivares, obstipação intestinal, cólon irritável, etc.
·         Hematológicas: anemia, diminuição de proteínas, etc.

Depoimento de uma anoréxica! Surprensa-se!!


"Com 12 anos, 1.60 de altura e 49 kg me achava gorda e tinha vergonha da minha barriga. Achava bonito modelos magras tipo Shirley Mallmann. Comecei a fazer um regime "básico" e me exercitar. Com 13 anos pesava 36 kg e ainda me achava gorda. Fazia de 1 a 2 horas de exercício 6x por semana. Então comecei a vomitar, quando atacava a geladeira. Sem perceber tinha me afastado de todos meus amigos, chorava muito e tinha vontade de morrer. Me sentia tonta e minha mãe resolveu me levar no médico. Ele receitou que 3x por semana fosse ao hospital tomar soro. Minha mãe acatou mas eu reagi e disse que estava me sentindo bem e que amanhã comeria direito. Então me levavam, a força, para fazer soro 1x por semana. Com isso comia menos ainda porque pensava que o soro engordava. Com 32 kg, minha mãe estava desesperada descobriu que estava vomitando. Foi quando descobrimos a Dra. X. Aceitei ir pq pensei que iria ser como os outros médicos; eu dizia que não iria comer e não comia. Com 30 kg e muito desnutrida ela queria me internar pq estava com anorexia nervosa. Na primeira semana não cumpri nada. Quando voltei eu e meus pais levamos uma bronca. Aí meus pais começaram a ficar em cima mesmo. Mas ainda assim burlava-os e escondia comida nos bolsos e vomitava depois. Proibida de exercícios acordava de madrugada para me exercitar. Logo mamãe descobriu. A Dra. X me deu uma semana para aumentar de 500g a 1 kg se não iria me internar. Eu achava que meus pais nunca iriam permitir. Na outra semana, quando fui me consultar havia perdido 200g, então falou com meus pais e se eu não fosse internada ela se negaria a me tratar, acabei sendo internada. No dia 23 de dezembro de 1997 com 30 kg e 13 anos fui internada no hospital Y, foi quando começou o período mais difícil do tratamento, comecei a dizer que iria fazer greve de fome, a Dra. me deu 4 dias para aumentar 400g e trouxe a sonda ao meu quarto mostrando o que iria acontecer se eu não começasse a comer, vi que eu não tinha outra opção e comecei a comer. Mesmo internada eu continuava colocando comida dentro dos bolsos e vomitando em vasos de flor, meu banheiro ficava chaveado 24 horas por dia e quando precisava ocupá-lo uma enfermeira me acompanhava. Restrita de visitas de familiares e amigos eu chorava muito, foram 3 meses e meio de sofrimento. Voltei para casa na Páscoa para fazer um teste de como eu me comportaria. Como me comportei e comia direitinho não voltei mais pro hospital. A Dra. liberou os exercícios, comecei nadando duas vezes por semana. Quando voltei pra casa não saía de casa porque me achava gorda e não queria que ninguém me vice assim. Com 1m e 56 kg me achava gorda e tive uma pequena recaída. Fui forçada a recuperar ou voltaria para o hospital, novamente não tive saída e voltei aos 50 kg com muito esforço. Chegou o verão e eu só ia pra piscina de maiô pois tinha vergonha da minha barriga. Aos poucos, com os exercícios minha barriga foi se definindo e minha auto estima subindo. Hoje faço academia 2 vezes por semana e de dois em dois meses vou fazer revisão na Dra. X, ainda faço terapia com minha Psiquiatra 2 vezes por mês. Estou com 1,65m de altura e 51 kg. Ainda tenho um pouco de medo de comer mas, também tenho medo de recaídas. Hoje tenho consciência de que se não tivessem me internado o tratamento, em casa, jamais daria certo."

domingo, 3 de abril de 2011

Dicas Importantes sobre Diabetes
 


Por algum motivo o pâncreas deixa de fabricar a insulina necessária para fazer a glicose entrar na célula e, assim, alimentá-la. Sem glicose as células ficam famintas e, começamos a sentir muita fome. Ao mesmo tempo, como a glicose não entra na célula, ela fica sobrando no sangue, o que faz com que transborde na urina, nos levando a urinar muito também e a sentir muita sede.
Algumas pessoas desenvolvem diabetes após doenças no pâncreas. Outras pessoas (a grande maioria) desenvolvem diabetes e não conseguimos descobrir a causa. Mas, sabemos que em qualquer das situações, o pâncreas não está funcionando corretamente. Seja não fabricando nenhuma insulina (diabetes insulino-dependente), seja fabricando pouca insulina ou uma insulina fraca (diabetes não insulino-dependente).
O não controle da diabetes leva a pessoa a um processo de envelhecimento rápido, com falência de órgãos importantes como rins, olhos, cérebro pois o excesso de glicose na circulação promove lesão de pequenos vasos sanguíneos que pode ocorrer em qualquer órgão do corpo.
Por isso, cuide-se: 

Tome sua medicação corretamente,
Faça 5 a 6 refeições ao dia (café da manhã, almoço, jantar e lanches nos intervalos), de preferência em horários determinados.
☺ Faça dieta, evite açúcares, doces, etc.
Coma alimentos ricos em fibras: verduras e legumes (crus e cozidos) e frutas (com casca ou bagaço), pois o conteúdo de fibras nos alimentos diminui a velocidade de absorção dos carboidratos.
Lembrar que os alimentos diets, frequentemente, possuem outros ingredientes como farinhas, leite, ovos etc, os quais devem ser considerados;
Sempre que tiver dúvida, verifique os ingredientes no rótulo, ou ligue para o Serviço de Atendimento ao Consumidor do fabricante do produto.;
Mas o ideal é que você passe por uma consulta com nutricionista que poderá calcular uma dieta equilibrada de acordo com seu peso, altura e gastos em atividades. Não se esqueça que para uma vida saudável há necessidade de exercícios físicos regularmente.